Da vida como vontade

O que sabemos sobre vontade? Como podemos definir? Segundo o dicionário Priberam a vontade é a faculdade comum ao homem e aos outros animais pela qual o espírito se inclina a uma ação. Concluímos então que a vontade nos condiciona a um princípio de escolha frente a qualquer situação, tornamo-nos responsáveis por decisões que decorrerão nossa situação moral futura. Enquanto os animais tem sua vontade apontada para simples sobrevivência e instinto, nós humanos concebemos a vontade sentidos que partem de um raciocínio simples até seu mais alto grau de complexidade.
Desde pequenos sentimos vontade, inicialmente para sobrevivência e com o desenvolvimento do intelecto humano ela se torna mais que essencial a vida. Surge a partir desse ponto as proposições para coexistência social humana.
A escolha que fazemos para saciar a vontade nem sempre nos convém, surge então o erro, seja prático ou epistêmico. O erro gera o conhecimento que alimenta seu ego, o prepara então para uma nova escolha. Logo a vontade evolui temente de erros e sempre progressiva. Entretanto a vontade revela-se por algumas vezes limitada a parâmetros físicos e mentais. A ambiguidade humana se revela agora no querer e no poder.
Então forma-se uma cadeia sistemática onde o número de situações é combinações dessa cadeia é imensurável, ou seja também indeterminada e infinita. Surge agora o que chamamos de causalidade, causa e efeito.
Toda causa tem um efeito, todo efeito deriva de uma causa, logo nossa vontade deriva de outra vontade que errou ou se satisfez, estando enlaçada nesse sistema nossa vontade deriva apenas de fatos condicionados por outros fatos.
Nessa proposição temos que a escolha torna-se mera ilusão em termos "causais", pois fomos inconscientemente induzidos a uma vontade e induziremos a uma futura.
Em fim nos consideramos vítimas da vontade e da causalidade, onde nossa única saída é tentar entende-la.